AUTOR: ROBSON PINHEIRO
ESPÍRITO: ÂNGELO INÁCIO
EDITORA: CASA DOS ESPÍRITOS
PREFÁCIO:
"Sombra e luz, escuridão e claridade. Essa realidade dupla forma o interior do ser humano; que tenta negar-se a cada dia; enganado-se. A maioria das pessoas quer ser apenas luz. Recusam-se a identificar a sombra que faz parte delas."
"Várias tentativas foram realizadas para conscientizar o homem terreno de que as chamadas trevas exteriores são apenas o reflexodo que existe dentro dele."
"Luz e sombra são aspectos internos do ser e não representam necessariamente um lado ruim e outro bom. A sombra não é pior do que a luz. Apenas faz parte de um equilíbrio universal ainda necessário para a visão do homem terrestre. São dois pólos de uma verdade interna, mas profunda."
"Quando é proposta a realização de uma excursão aos domínios das sombras, espera-se que haja coragem para admitir que esse reino obscuro tem sua raiz dentro do próprio ser humano. É preciso reconhecer que a natureza do Plano Astral, da paisagem extra-física, é apenas a exteriorização do mundo íntimo de cada um."
"Esse mundo de trevas e escuridão é algo muito mais enraizado no ser humano; não é realidade extra-humana, mas intra-humana. Se você evita conhecer-se, rejeitando que é, simultaneamente, sombra e luz; não há razão para prosseguir nessa jornada de descobrimento interno."
"Adentrar o Umbral ou o Astral Inferior é obrigar-se a penetrar na própria sombra. Conhecer as estruturas internas das falanges do mal é, sobretudo, conhecer a própria capacidade de esparzir escuridão em si e em torno de si."
"Para decepção dos que adotam idéiais mística e fantasiosas, o céu está vazio."
COMENTÁRIOS:
Este Prefácio nos remete a alguns aspectos encontrados em "Nosso Lar", de André Luiz. Vejamos algumas anotações referentes àquela obra:
No Capítulo I - Zonas Inferiores - André Luiz descreve, em detalhes, sua passagem pelo Umbral - uma faixa vibracional extremamente densa, em outra dimensão do Planeta Terra. Nessa diferente faixa de vibração da matéria, o Espírito se depara com todos os seus vícios e imperfeições; e consequentemente, sofre com isso.
O Umbral, portanto, não passa de um "estado de espírito", uma condição moral de sofrimento, a que estão sujeitos os Espíritos; em decorrência de suas próprias atitudes, formas-pensamento e sensações; durante sua existência na matéria, ou mesmo além dela.
Assim, é correto afirmar que, no Umbral, tudo o que aparece fora de nós, é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece, é mero reflexo do que trazemos na Consciência. Daí concluir-se que, todas as formas assustadoras que assombraram André Luiz, na atmosfera lodosa do Umbral, nada mais eram do que a personificação de seus próprios erros e imperfeições; reflexos de uma Consciência em desequilíbrio.
Poderíamos, portanto, conceituar Umbral como sendo uma faixa de frequência vibratória a que se ligam os Espíritos desequilibrados; cujos interesses, desejos, pensamento e sensações tem afinidade e sintonia. É uma região energética densa, onde os afins se encontram e convivem; dando vasão a seus instintos; e convivendo com tudo aquilo que lhe é mais característico.
Na verdade, o Umbral funciona como um grande filtro, cuja passagem "faz drenar energias negativas acumuladas em uma encarnação de descaso e irresponsabilidade com a própria Consciência e com a dos outros"; atitudes bem características do Espírito humano, ainda engatinhando em seu longo processo evolutivo.
Cabe aqui relembrar Emmanuelm, quando afirma que "o ceú começa sempre em nós mesmos; e o inferno é do tamanho da rebeldia de cada um."
E André Luiz complementa: "Se milhões de raios luminosos formam astros brilhantes; é natural que milhões de pequenos desesperos integrem um inferno pereito. Herdeiros do Poder Criador que somos; geraremos forças afins conosco, onde estivermos."
Partindo do princípio que somos exatamente aquilo que fizemos de nós; o Umbral nada mais é do que o refleo de tudo isso. A bem da verade, uma superprodução humana, onde a Sombra fo mais alimentada que a LUZ.
"LEGIÃO" vem dar visibilidade a essa dualidade: Sombra e Luz. Resta-nos, somente, escolher qual delas alimentar.
Elaboração: Kika
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