domingo, 21 de abril de 2013

O FLUIDO UNIVERSAL:

"Esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a natureza há tirado todas as coisas."  A Gênese - Allan Kardec (cap. VI - item 17) 

O FLUIDO UNIVERSAL 

Segundo nossos padrões científicos, torna-se difícil uma imagem real ou aproximada do fluido universal, por absoluta falta de analogia. Podemos contudo, considerá-lo como elemento que permeia todo o cosmo, constituindo-se na ambiência propagadora da energia e a fonte de tudo que se materializa no universo. 

Nossa ciência acadêmica tem dificuldade em detectá-lo e estudá-lo, porque em seus planos e pesquisas, admite o fluido universal (éter ou algum tipo de fluido que ocupa o espaço, de vez que não há vazio) como forma de matéria palpável ou mensurável, quando na realidade, nossos instrumentos apresentam-se adequados apenas para vibrações grosseiras, escapando-lhes as de natureza etérea. 

O fluido universal é uma espécie de substância primitiva originada sob o comando divino, e que dará nascimento a todos os elementos constituintes dos mundos, através de diferentes arranjos atômicos e moleculares. As propriedades desse fluido propiciam à matéria, estabilidade na forma e na essência, evitando a sua contínua transformação. 

É pela ação pensante sobre o fluido universal que resulta a criação dos mais simples aparelhos usados no cotidiano dos Espíritos e também a formação dos vastos aglomerados estrelantes. A capacidade criativa e de utilização desse elemento está diretamente relacionada com o estado mental e moral dos Espíritos. Assim imprimindo-se o pensamento unido à vontade criativa sobre os fluidos, estes são modelados em formas desejadas, dispersos, direcionados, assumem colorações e 20 finalidades específicas, são dotados de poderes dulcificantes, tóxicos, enfermiços, terapêuticos, manipulados enfim, conforme o desejo e o poder de quem neles atua. 

Servem-se desse fluido não somente os Espíritos superiores, mas todos os Espíritos, que com ele fabricam os objetos que lhes são íntimos e habituais, por vezes até sem se aperceberem, dando-lhes existência enquanto perdure o pensamento, agente materializante, dirigido a tais objetos. 

Dessa maneira os Espíritos trazem ao real, suas próprias recordações, externando das lembranças mentais mais fortalecidas, residências, mobiliários, vestimentas, adornos e até frutas e iguarias. Aqui reforçamos o princípio da proporcionalidade do estado evolutivo de cada Espírito, ou seja, perfeito faz quem perfeito é. 

Em estado latente encontra-se nesse fluido o princípio vital, que animará as futuras formas de vida dos inumeráveis seres que preencherão os mundos. Igualmente as características a serem gravadas nos planetas formados, as suas especificidades, quais pressão, atmosfera, gravidade... que nele têm sua gênese. Esse fluido dará ensejo ainda ao surgimento de uma força gravítica suportável pela vida, que aguarda o momento de palpitar em qualquer mundo, refletindo as vibrações que lhes serão próprias. 

Assim falando temos um fluido com poderes quase de um Deus. Mas importa saber que foi Deus quem criou o fluido com essas atribuições, o que reflete a sua suprema inteligência. Sob o comando imperioso das mentes superiores o fluido universal se aglutina, toma movimento e é regulado em seus espaços atômicos e moleculares, para que nele se definam as rotações e movimentos adequados ao determinismo necessário e formador dos elementos físicos e químicos, materiais e orgânicos, os quais a tempo certo afloram, se isolam ou permutam-se em avanço sem anteparo para a vida. 

Os mundos nascem do fluido universal por condensação e a ele voltam por desagregação. Essa parece ser a versão admitida pelos Espíritos como a que mais se aproxima da verdade.

(Do livro "O Perispírito e suas Modelações", de Luiz Gonzaga Pinheiro)

Nenhum comentário:

Postar um comentário